2009-06-30

I expect you to die, Mr. Bond

Numa recente reunião em que foram distribuídos relatórios financeiros dolorosamente detalhados foi-nos advertido que não os deveríamos levar para fora do local de trabalho nem partilhá-los com terceiros.

Pena, porque era mesmo isso que estava a pensar fazer. Sou da opinião que tenho demasiados amigos e convinha-me cortar uns quantos da lista antes do Natal.

2009-06-29

Fight divers

Acho que são respostas como "Não, não tenho" a frases como "Tens de ser mais simpático" que fazem com que eu nunca vá ganhar um concurso de popularidade. Ou ter amigos.

Friday night fever

Na passada sexta feira fui convidado pela minha colega algarvia - vamos chamar-lhe Maria - para ir jantar com ela e com outra colega nossa - vamos chamar-lhe Maria2.
"Onde?", pergunto eu com ar desconfiado. Normalmente quando uma garota jeitosa me convida para alguma coisa acabo numa viela com um rim a menos.
"Vamos ao sushi ali em baixo.", diz-me ela, os olhos azuis (verdes?, não sei, não costumo olhá-la nos olhos) brilhando com promessas de momentos inesquecíveis. Ou então era das alergias.
"Porreiro, há muito tempo que não vou ao chinês.", respondo eu.

No caminho para o restaurante apontei as teias de aranha que pendiam dos espelhos laterais do meu carro e a curiosa aranha branca que habitava numa delas. Achei que seria um bom tema de conversa, para quebrar o gelo que se tinha criado depois de lhe ter perguntado "Vais assim vestida?" Dada a reacção, calculo que não seja fã do Discovery Channel.

Logo à chegada o restaurante desapontou-me. Ok, é um estabelecimento novo, mas é pedir muito que tenham mobília completa? Faltavam as cadeiras e das mesas só tinham os tampos, daí que tivéssemos de nos sentar no chão. Pelo lado positivo houve o facto de termos de nos descalçar e eu ter podido mostrar as minhas meias Cow & Chicken.

"Boa", pensei eu ao verificar que o empregado era brasileiro, "afinal isto deve ser uma casa de rodízio. Vou começar pela maminha." Instintivamente olhei para a Maria e ri de mim para mim. "Eheheh, maminha!"

"Pedimos uma garrafa de João Pires?", perguntei.
Elas entreolharam-se e responderam que era melhor saqué.
"Isso é tinto ou branco?"
Elas riram-se e eu também. Mas não percebi.

Descobri finalmente que não havia maminha nem picanha. Ao invés, tinha tudo nomes esquisitos. Foi o primeiro sinal de que algo estava mal. Quando a comida - que eu escolhi seguindo o método um-dó-li-tá-cara-de-amendoá - chegou senti-me ultrajado.
"Ó amigo, isto está crú!", exclamei. "Eu pedi mal passado, mas assim também não."
Lá me tentaram convencer que não sei o quê e que frito e cozido. Mas eu não papo grupos.
"Havia de cá vir a ASAE, havia.", disse-lhes. "Vou eu pagar sei lá quanto para me servirem comida que nem cozinhada está? Do que isto precisava era de um Salazar em cada cozinha, era o que era."
A pedido da Maria, que naquele sotaque algarvio cerrado me pedia para não fazer cenas, lá desisti de pedir o livro de reclamações.
"Acho bem que isso não seja tudo wonderbra.", pensei eu olhando para ela.

Por volta das 22h00 apareceu o Telmo, o namorado da Maria2 que, para só aparecer àquela hora, ou trabalha como guarda nocturno em part time ou já conhecia o restaurante e ficou em casa a comer bolachas com manteiga, o espertalhão.

Como a Maria estava surpreendentemente cansada e queria muito ir para casa, fui um cavalheiro e levei-a. No trajecto tentei entabular diálogo mas não percebi quase nada do que ela disse. Filha da mãe de sotaque! Limitei-me a sorrir e a dizer que sim com a cabeça. Acho que, a determinada altura, concordei em posar nú para uma aula de escultura. Ou em fazer o retrato do Lenine em ponto-cruz, não tenho a certeza.

Ao chegarmos ao destino tentei a minha sorte e sussurrei-lhe "Vamos fazer o sexo de força?", mas ela não estava para aí virada. Disse que se tinha levantado muito cedo e que tinha de fazer as malas porque no dia seguinte ia voltar para casa dos pais em Varsóvia e já não voltava nunca nunca nunca mais.

"Olha, afinal não é algarvia, é eslovaca.", pensei enquanto ela batia com a porta do carro.

2009-06-25

Biometria: Um guia para resolução de problemas

Andou um indivíduo mais de uma semana a dizer que a maquineta não funcionava. Que ele punha lá o dedo e não lhe reconhecia a impressão digital. Que estava avariada. Funcionava com todos menos com ele, mas estava avariada. Deus nos livre que fosse ele que estivesse a fazer algo de errado. "Vamos lá ver isso", digo eu. "Ah é preciso eu lá estar? É que agora estou ocupado." Aparentemente a ideia seria eu desmontar a máquina e remover o anão que estava lá dentro a lixar-lhe a vida. "Convinha."

Passaram-se horas. Passaram-se dias. "Aquilo continua a não funcionar.", lamenta-se ele ao cruzar-se comigo. "Sacana do anão!", penso eu. "Vamos lá ver isso?" pergunto. "Agora não me dá jeito", diz ele, "Talvez mais tarde." E eu tudo bem.

Ontem, finalmente, e porque estávamos mesmo em frente ao aparelhómetro, lá fizemos o teste. Ele introduz o código e põe o indicador esquerdo na lente. Eu olho para ele com a minha expressão you-must-be-fucking-kidding-me (TM) e, baixinho, digo-lhe "A outra mão."

Sim, ele esqueceu-se que os dedos aos quais fizemos reconhecimento foram os da mão direita. Seria de pensar que de um grupo que compreende os elementos "esquerda" e "direita", "direita" fosse fácil de memorizar. Afinal é a mesma mão que, imagino, usa para bater na mulher e nos filhos e para se entregar a prazeres solitários com a La Redoute num cubículo da casa de banho. Mas não.

Dirão os puristas que deveria reconhecer os dedos das duas mãos, mas na minha opinião, no dia em que ele não conseguir utilizar os dedos de uma mão por esta ter sido decepada ou carbonizada, ele terá outras coisas mais importantes com que se preocupar sem ser o acesso a uma sala.

2009-06-24

X marks the spot

Havia na minha escola um indivíduo cuja alcunha era Secção. O porquê sempre me intrigou, mas as alcunhas são daquelas coisas que, tal como a fé ou os Morangos Com Açúcar, não se questionam. Existem e pronto. Mas o mistério sempre me perseguiu.

Se o Rui Ranhoso era ranhoso, se a Sidosa era assim chamada pelas manchas que o acne juvenil e as sardas lhe imprimiam à face - pelo menos espero que fosse por isso - e se por um dia eu fui o Queijinho Fresco graças à minha palidez e à crueldade dos vizinhos dos meus primos, porque carga d'água chamavam Secção àquele tipo?

Muitas noites acordei coberto de suores frios gritando "Porquê? Porquê?"

Trabalharia em part-time numa superfície comercial em que fosse responsável pela secção de lacticínios? Teria, em criança, sido tão gordo que lhe valesse tal epíteto? Não sei. Mas passados mais de 15 anos uma dúvida se levanta: seria com "x"?

Men are from Mars, women are from some other galaxy very far away II

Sabes que tens problemas de relacionamento com o sexo oposto quando até nas tuas fantasias mais porcas ela tem dores de cabeça.

2009-06-23

Zapping: MOV

23h36: Steven Seagal a cavalo - é perceptível o terror nos olhos do animal. Isto promete.

23h37: Agora é que são elas. Os bandidos apontaram espingardas ao Steven Seagal e vão raptá-lo e à filha. Vamos ver quanto tempo demora até ele partir o pescoço a alguém.

23h40: Há um gordo de camuflado que parece ser o chefe dos maus e que, por alguma razão, tosse muito. E aparentemente o Steven Seagal é médico. A sério. Aposto que vai passar uma receita de "pontapé na tromba" que ele próprio vai aviar.

23h41: Estou a estranhar ainda não haver ossos partidos.

23h42: É que nem uma cabeçadazinha...

23h43: Pimba! Três já foram. O chefe dos maus com um caco de vidro crânio adentro e dois à base de injecções de chumbo. Haha.

23h47: Estou confuso. Há índios a cavalo, saloios em pick-ups e helicópteros a largar flores. E um pónei.

23h48: Acabei de descobrir que o Steven Seagal é imunologista. Imaginem o Dr. House a usar a bengala para partir os braços, costelas e narizes dos pacientes e depois a fazer amor selvagem com a Cuddy, a Cameron e a 13. Ao mesmo tempo, sem suar, sempre com a mesma expressão e a ejacular lava. É basicamente isso.

23h53: Já estão a passar os créditos finais. Não apanhei o nome do filme mas façam um favor a vocês próprios e aluguem em VHS.

23h55: Na EuroSport está a dar snooker - que desporto espectacular para se televisionar. Faz-me ter saudades dos campeonatos de dardos e curling ou de quando a 2 passa hipismo.

2009-06-22

Representação gráfica

Às pessoas que acabaram de me dizer "Estamos sempre a chatear-te não é? Mas já não vivias sem nós." seguido de uma risadinha irritante, e porque creio que explicações que compreendam palavras com mais de duas sílabas são complicadas e isto só lá vai com bonecos, gostaria de apresentar a seguinte representação gráfica:


Espero que sirva para desmistificar esta questão.

Branco mais branco não há

A vantagem de ser cadavericamente pálido é que quando vou ao médico nunca preciso fazer raios-x, ecografias ou ressonâncias magnéticas. Basta pegarem em mim e segurarem-me contra a janela que dá para ver tudo o que se passa cá dentro. O único problema são as mãos frias.

1 de Abril sempre!

A partida é sempre a mesma, e eu caio todos os dias quando carrego naquele botão que diz "Café" e me sai água suja na caneca. "Haha", digo eu, "apanharam-me bem." Faço um sorriso forçado, digo que sim com a cabeça e suspiro. Arrasto-me até ao meu gabinete evitando fazer contacto visual com quem quer que seja por medo que a lágrima que se forma ao canto do olho deixe transparecer que esta partida recorrente me magoa os sentimentos que digo não ter. Pelo caminho, ao ver o estafeta que se abana ao som do que quer que seja que está a ouvir no walkman - provavelmente uma cassete de Joy Division, para mostrar que é retro e cool para engatar miúdas que dizem que são alternativas e originais porque gostam de Oasis e de filmes com o Zach Braff - penso naquela música Epilepsy Is Dancing e se daquela vez que vi um jovem ter um ataque epiléptico num restaurante em Viseu deveria ter feito beatbox enquanto os bombeiros não chegavam ou se isso teria sido ofensivo para os senhores que, provavelmente, eram os seus pais. Decido que foi boa ideia não o ter feito mas que, se calhar, deveria ter esperado até o ataque ter terminado para pedir o doce da casa. Entretanto passo pelo pátio, ouço os pássaros chilrear, sinto o calor do sol na pequena porção de pele que não se encontra coberta, dou um golo de água suja e penso para comigo que nem tudo é mau, na certeza porém que o resto do dia se encarregará de me provar o contrário.

O que eu não dava por um café a sério...

2009-06-19

Órraite

O meu local de trabalho é uma autêntica sociedade de nações. Entre efectivos e estagiários, directores, assalariados e escravos, e que me lembre assim de repente, temos dois franceses, demasiados alemães, um italiano, duas holandesas, um sueco, uma americana, um uruguaio, uma indiana, uns quantos brasileiros, um ou dois romenos, uma ucraniana, e até alguns portugueses. Isto é tudo muito bonito, com o intercâmbio de culturas, a formação de amizades sem fronteiras, e não sei que lugares comuns mais, mas, numa marisqueira, quem é que explica a esta gente o que é mexilhão? Ou amêijoas à Bulhão Pato? "Yeah, clams big bubble duck, very nice, órraite." E um besugo? Traduzam lá besugo se faz favor. E levem em linha de conta que é verão e já havia várias garrafas vazias em cima da mesa. "Yeah, besugate man, fish, glu glu, not nice, órraite."

Para já não falar no futebol, que eu tive de ver a derrota do Europeu com a Alemanha no meio dos alemães. E como é que se convence esta gente que o Benfica é de facto o maior quando se acaba duas vezes seguidas em terceiro? Não está em causa o explendor do Benfas, que é inquestionável, dogmático e sacrossanto, mas os camones não percebem isso porque se agarram a coisas como factos e outras mesquinhices dessas.

Mas mais importante que tudo: como é que se convence uma determinada estagiária alemã que é típico ir a minha casa tomar duche?

2009-06-18

Conversas

- (...) Mas tu também não gostas deles.
- Eu gosto de toda a gente.
- Tens então de especificar melhor o "gosto de toda gente."
- Como assim? Eu gosto de toda a gente. Uns ao pé, outros ao longe.

Men are from Mars, women are from some other galaxy very far away

Sabes que tens problemas de relacionamento com o sexo oposto quando até a tua namorada imaginária te deixa.

2009-06-17

I Want A Mistress For Christmas

Olhando em meu redor, contemplando a extraordinária paisagem que é a minha sala e, mais concretamente, a minha secretária - a que tem pernas de metal, que das outras não tenho - chego à conclusão que foi nela, com certeza, que se basearam para inventarem aquela história da teoria do caos.

Aparentemente saiu um memorando que eu não recebi informando os meus colegas que este era o local certo para deixar lixo e tralhas afins. Só aqui, num raio de um metro, tenho uma garrafa vazia de água Vitalis, um copo de plástico, a tampa de uma esferográfica, um elástico partido, um clip e um bloco de post-its. E, excepção feita à garrafa vazia, podem ter a certeza que não sou eu o responsável, pois eu jamais, em tempo algum, nem que me pagassem ou que a Megan Fox me pedisse, envergando apenas um reduzido biquini, batendo as suas longas e sedosas pestanas, o seu cabelo ondulando ao vento que por alguma razão se faria sentir numa sala fechada, passando a língua pelos suculentos lábios carm... do que é que eu estava a falar? Ah, não sou eu o responsável. Nunca uso post-its porque são das coisas mais inúteis e irritantes que alguma vez alguém se lembrou de inventar. Colam durante dois minutos e passam o resto da sua vida, tal alpinistas narcolépticos, a agarrarem-se apenas para cair assim que viramos costas e a agarrarem-se às solas dos sapatos das pessoas e a enrolarem-se e a serem recolados com fita-cola aos monitores e às paredes. E canetas ando sempre com as minhas, para não mas roubarem. Mas obrigado pela tampa extra que não serve.

A sério, quem é que me deixa estas coisas na mesa? Todos os dias tenho a sensação de ter sido visitado pelo Pai Natal mais forreta do universo.

2009-06-16

SWM

Muita gente se questiona sobre a razão do meu insucesso junto do género feminino. E, por muita gente, refiro-me a mim próprio, lavado em lágrimas, no escuro solitário do meu quarto.

Há quem aponte o facto de fazer aspas com os dedos sempre que digo "amo-te" como a razão de ser considerado, e passo a citar, "um filho da mãe", o que tecnicamente é tão correcto como óbvio, mas ainda assim, segundo me confidenciaram, tem uma conotação negativa, e outros há que dizem ser a minha escolha de Closer como música romântica de eleição que leva à minha solidão.

Eu penso que a razão é bem mais simples: só conheço duas mulheres. Quer dizer, conhecer mesmo conheço, à vontade, para cima de seis, mas há já mais de um ano que só me cruzo com duas, a porteira do meu prédio e a senhora da limpeza que de vez em quando passa pelo meu gabinete para esvaziar o caixote e tentar limpar os bocadinhos de mesa que por algum acaso não estão cobertos de papéis. E se esta tem umas varizes jeitosas, em tons de azul e verde em fundo pálido acinzentado que transmitem toda uma palete de sensações visuais, a primeira está sempre de avental aos quadradinhos vermelhos e brancos. Sempre. Imagino que passe os dias a cozinhar. Por alguma razão não fundamentada acho que seria lógico que fossem refogados, mas por qualquer outra razão tão ou menos fundamentada que essa estou convencido que são bolos. De chocolate. Não tive oportunidade de confirmar visto que nunca fui convidado para casa dela porque diz que sou antipático, mal educado e que assusto a neta. A cabra. Ela, não a neta. Se bem que com aquela senhora como educadora estou certo que vai crescer a dizer coisas como "a minha avó disse-me para não aceitar boleias de estranhos". A cabra.

Mas mantenho a esperança, sempre junto de mim, geralmente na gaveta da mesa de cabeceira. Eu disse esperança? Kleenexes, assim é que é.

2009-06-15

À coca

Foi com grande espanto que descobri que ler nas entrelinhas não significa snifar coca enquanto se lê. Assim sendo creio agora que nunca mais pegarei num livro que não tenha o Pato Donald na capa.

Já não bastava a desilusão de quando descobri que o Cocas era um sapo...

2009-06-08

Marco Knight

Será possível que o Marco Paulo tivesse andado a combater o crime nos anos 80? Pensando bem, já alguma vez alguém viu o David Hasselhoff e o Marco Paulo no mesmo sítio ao mesmo tempo? Se o KITT fosse um UMM não havia margem para dúvidas, assim acho que nunca vamos saber a verdade.

Futebolices II

Nunca antes de ver o Cristiano Ronaldo com a braçadeira de capitão da selecção me tinha apercebido de quanto um pedaço de tecido pode ser sarcástico.

Futebolices

Imagino que os comentadores da SIC, no sábado, faziam aspas com os dedos sempre que se referiam ao Hugo Almeida como ponta-de-lança.

2009-06-05

Who fucked up that leaning tower?

No, no, aspetta Simara, aspetta, no encostare. Nooooo... f*da-se!


Money For Nothing

Após a minha entidade patronal ter apresentado os seguintes resultados financeiros:

acho que é altura de cancelar a minha encomenda daquelas duas noivas russas, aprender a tocar acordeão e procurar uma ponte catita que ainda não tenha ninguém lá debaixo. Eu devia ter desconfiado logo quando o departamento financeiro começou a fazer contas pelos dedos e a usar o paint para fazer gráficos.

Olhos nos olhos

Não tenho confiança em estrábicos. São incapazes de nos olhar nos olhos.

Um dos meus sonhos II

Gostava de ter dedicado a minha vida à música. Gostava de ter formado uma banda chamada Kalat. Gostava que essa banda tivesse tido reconhecimento a nível nacional ou internacional. Gostava que nos convidassem para tocar com os Lamb nem que fosse só num concerto. Gostava de levar o poster para casa, pendurá-lo na parede e ficar a dar risadinhas adolescentes a olhar para os dizeres "Kalat & Lamb".

Confusio

A vida é como o Bruno Alves: quando nos apanha distraídos dá-nos uma cotovelada nos dentes.

Promiscuidades

A Catarina é tão promíscua que até as criancinhas sabem que a pombinha dela já andou de mão em mão.

Queer Ai-Tão-Lindo For The Straight Guy

Sou cinturão negro em acessórios de vestuário.

2009-06-04

Aparências

Aparentemente entrar na minha sala sem aviso e encontrar-me a abanar a cabeça e a bater com os dedos indicadores na borda da mesa como se não houvesse amanhã ao som de The Age of Pamparius faz com que as pessoas se detenham à porta com um ar de "vim em má altura?"

Aparentemente o meu subsequente ar de "vieste" não os faz ir embora.

Pretty please with sugar on top

Começo a nutrir um especial desafecto pela senhora que, há quase um quarto de hora, e em voz meia nasalada meia estás-bem-lixado-que-hoje-não-sais-daqui, me diz "please wait for the moderator of your conference". E nem vou falar na musiquinha de filme pornográfico albanês com que me presenteia nos intervalos.

Postus interruptus

Detesto ser interrompido quando estou a tentar escrever um pos

Chacarron

Já alguma vez sonharam em ter uma carreira musical? Deixaram-se dissuadir pelo facto de não terem talento, nada para cantar ou por acharem que escrever letras é muito parecido com poesia e que poesia é coisa de maricas? Não temam mais. Ponham os olhos e ouvidos no senhor que se segue e persigam os vossos sonhos.

Nota: Qualquer semelhança com o cozinheiro sueco dos marretas é pura coincidência.

2009-06-02

A + B

Ainda precisamos de numerar coisas com letras? Segundo me garante um primo meu, que tem livros em casa e tudo, o Império Romano é coisa para já lá ir para aí há 15 séculos e ninguém me tira da cabeça que a sua queda em parte se deve ao facto de não terem 0. A sério, devia dar com eles em doidos. Como é que tomavam nota do resultado de um jogo entre a Naval e o Moreirense?

Temos letras para escrever? Temos.
Temos algarismos para fazer números e contas e assim? Temos.
Então para quê misturar? Faz tanto sentido como tentar fazer windsurf com um bulldozer.

Não acham que já era tempo de ensinarem coisas mais úteis nas escolas? Ou a habilidade de ler e escrever numeração romana é algo digno de figurar num currículo? Se sim, com que saída profissional? Afixador de datas em estátuas?

Já ensinar carpintaria ou canalização aos putos é mentira. Porque hoje em dia queremos é que os meninos sejam todos gordos doutores, para passarem os dias sentados atrás de um computador, a boca suja de chocolate e os dedos gordurosos dos hamburgueres a bater incessantemente nas teclas enquanto se insultam mutuamente nas internetes e navegam pelo oldmacdonaldsfarmporn.com e por infindáveis aifaives em busca de material para fins onanistas.

Peçam a um miúdo qualquer que tenham lá por casa para vos coser um par de ténis e depois vejam bem a porcaria mal enjorcada que vos passam para as mãos. Queixem-se que perdemos postos de trabalho para a Malásia, queixem. Doutores descalços, é o que vamos ter.

Veja lá isso Sra. Ministra.