Do profiláctico

Ainda tentei, para aí durante uma boa meia hora, arranjar uma justificação para o que vou escrever a seguir, mas não consegui. A verdade é que não há uma boa explicação, eu estava a ler o folheto que vinha na caixa dos preservativos porque isso é o tipo de coisas que eu faço.

Mas adiante.

Entre instruções e indicações, a páginas tantas diz lá que os preservativos não devem nunca ser utilizados uma segunda vez. E isso parece-me muito bem, acho apenas que podiam acrescentar "principalmente se da primeira vez foi usado por outra pessoa" só para prevenir e desencorajar os mais frugais. Avisam ainda para consultar "um médico ou farmacêutico no caso de uma das pessoas utilizar quaisquer tipos de medicamentos (com ou sem receita médica) aplicados directamente no pénis ou na vagina que possam entrar em contacto com o preservativo." Ora eu cá tenho uma regra na minha vida que sigo sempre à risca e que até hoje nunca me deixou ficar mal: sempre que alguém me diz "vou só ali aplicar uma pomada anti-fúngica na genitália e já volto para praticarmos o bonito acto do amor" tiro as algemas, a mordaça e o arnês, dou meia volta e vou-me embora. Mas isso sou eu, que sou esquisito.

Como último apontamento: pá, corzinhas? A última coisa que preciso é que aquilo lá em baixo pareça uma tenda de circo - a menos que isso atraia trapezistas e/ou contorcionistas, mas com a minha sorte tenho a certeza que só me sairiam na rifa mulheres barbudas.