The wheels on the bus go round and round
Quando fazíamos viagens de estudo - daquelas a Coimbra, Santarém ou Almourol, em que estávamos mais interessados em parar em todos os cafés e tascas que encontrávamos pelo caminho para beber imperiais do que em visitar locais históricos - tínhamos o espectacular hábito de cantar, em alto e bom som, coisas como "senhor condutor, ponha o pé no acelarador, se chocarmos não faz mal, vamos todos pró hospital".
Não me lembro de ver alguém tão empenhado em agradar os jovens como o Sr. Antunes, que, naquela tarde de Junho, espetou o autocarro contra um muro. A autópsia viria a revelar que o nível de álcool no sangue estava bem acima do permitido por lei, mas em defesa dele é preciso dizer que tínhamos parado no Cartaxo para merendar e, como diz o ditado, em Roma faz como os romanos. O Cristovão é que ficou assim meio destrambelhado depois do acidente e parece que deixou de ver as vogais e o lilás. Quer dizer, já antes ele não dizia coisa com coisa, mas pelo menos não se babava.
24 Comments:
Altamente!! Nunca fiz viagens de estudo com os meus colegas, que inveja!
O Sr. Antunes, paz à sua alma, era vosso amigo!
Era, mas era ainda mais amigo do João Pires.
Ui, se calhar eu devia cortar relações com o Alvarinho…
Cuidado com as companhias. E não aceites doces de estranhos, só salgados.
salgados?
Agora não, obrigado. Mas se forem frescos aceito um lá mais para o meio-dia.
ok, guardo uns para ti, com um copito de alvarinho!
O que tens guardado dentro dessa mente, é verdadeiramente impressionante!
Adorava ser um neurónio teu aí por... vá lá ... uma semanita!
Gostas de filmes de terror?
ahhahahahahahah
nós tínhamos o areias, que uma vez me obrigou a ir buscar laranjas à feira, enquanto esperávamos no semáforo.
..eu era inocente, não sabia que o semáforo vermelho durava poucos minutos.
A,
Confessa lá, isso foi no fim-de-semana passado não é?
no fim de semana passado levei uma cassete com uma gravação caseira para o areias meter a tocar na camioneta.
era uma cover do "areias é um camelo" acompanhada à guitarra.
O mar enrola no Areias
Ninguém sabe o que ele diz
Não sei o quê, não sei que mais
Porque se sente feliz
Já tinha ouvido dizer que morrer afogado é fixe, não sabia era que deixava tão feliz.
É sobre isso que fala o teu verso não é AD?
Sim, pode ser. Estava mais a pensar numa relação entre o Omar e o Areias, mas isso também serve.
AD,
A homossexualidade é um tema na moda, vende mais, talvez seja melhor esquecer a minha ideia.
Qual era a tua ideia? Aposto que era marota. Era marota, não era? Sua... sua... sua marota.
A minha ideia sobre o morrer afogado e a felicidade. Passado o pânico por não se poder respirar e essa cena toda que mete medo, deve vir a sensação de leveza, o não nos preocuparmos mais com tudo o que é terreno, não ter ideias marotas...
bolas, morrer é chato!
Diz que asfixia erótica é tal e qual, só que com ideias marotas.
AD,
Como é que sabes? Andaste a fazer trabalho de pesquisa, foi? Com ideias marotas deve ser ainda mais giro!!
O que é que preferes? Morrer queimado ou afogado?
Lembrei-me disto, não sei porquê…
Nawita,
eu nunca morri ( que me lembre) mas aho que quando se pára de respirar, p+ara-se de sentir seja o que for: sensações de leveza ou de outra coisa qualquer.
Nesta conformidade, acabei agora de marcar uma consulta para ti para o mesmo psiquiatra que acompanha o meu caso, tá bem?
Isa,
Obrigada, estou livre às quintas das 19h às 20h30, achas que ele me pode receber a essa hora?
Não acreditas na alma que sai do corpo e vai por aí a voar?
e a luz ao fundo do tunel? não há luz também?
Nawita,
Vamos lá as duas e falamos sobre isso tudo com o Senhor Doutor, tá bem?
desde que ele não me mande fazer regressão é na boa!
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