The Bald And The Beautiful
O Homem inventou a roda, descobriu o fogo e a electricidade, construiu satélites, foi à lua, dividiu o átomo e transplantou corações. Supera-se geração após geração e, no entanto, ainda não conseguiu descobrir uma cura para a calvície. E não pode ser por não saber da existência dos carecas. Eles andam aí à vista de todos. Nas ruas, no metro, nos hiper-mercados, nas gasolineiras, em todo o lado. Aliás, seria até capaz de afirmar que existem carecas no seio da comunidade científica. Ora do careca pré-histórico ao careca moderno, seria de esperar que, algures pelo meio, já alguém tivesse encontrado um meio científico para responder a este problema. Mas não. Com milhares de anos de civilização e avanço tecnológico a melhor solução a que chegámos foi o capachinho.
"Sim, põe esta coisa na cabeça que ninguém nota. Tem um ar perfeitamente natural e as miúdas adoram - é um autêntico babe magnet."
Pergunto-me se na pré-história os homens carecas punham pequenos animais mortos na cabeça... um castor para o look rabo-de-cavalo, um porco-espinho para o look punk, etc.
Mas a minha solução preferida é, sem dúvida, o spray que anunciavam na TV Shop. Aquele que se aplica no cabelo que ainda resta de forma a torná-lo mais grosso, encobrindo, assim, as clareiras. É claro que toda esta explicação não passa de um eufemismo, porque na realidade o processo consiste, muito simplesmente, em pintar a cabeça. Mai' nada. É uma espécie de grafitti craniano. A vantagem é que se se pretender um look mais radical pode-se optar por fazer umas tags ou usar umas cores à Dennis Rodman. Basta "clac, clac, clac" agitar a lata e "pssshhh" aplicar. Et voilá, cabelo instantâneo.
Mas apesar de tudo dizem que "é dos carecas que elas gostam mais". Um ditado decerto inventado por um careca e que serve para rivalizar com aquele outro que diz que "é de homens com pé de atleta e herpes genital que elas gostam mais", ou ainda com o bem mais conhecido "é de homens que praticam pesca desportiva que elas gostam mais".
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