2009-10-29

24 hour party people

As minhas colegas são umas chatas, não gostam de festas. Pelo menos não das que eu lhes faço no rabo quando passo por elas.

2009-10-28

AU

Afinal parece que a tabela periódica não é um calendário onde estão assinalados os dias em que as senhoras têm oscilações de humor mais acentuadas que o costume. Infelizmente descobri isto tarde demais.

He likes to bang the drum slowly, if you know what I mean

Coloquei a música "Beaucoups of Blues" como meu toque de telemóvel. Pareceu-me mais coerente que tivesse um Ringo tone.

The wheels on the bus go round and round

Quando fazíamos viagens de estudo - daquelas a Coimbra, Santarém ou Almourol, em que estávamos mais interessados em parar em todos os cafés e tascas que encontrávamos pelo caminho para beber imperiais do que em visitar locais históricos - tínhamos o espectacular hábito de cantar, em alto e bom som, coisas como "senhor condutor, ponha o pé no acelarador, se chocarmos não faz mal, vamos todos pró hospital".

Não me lembro de ver alguém tão empenhado em agradar os jovens como o Sr. Antunes, que, naquela tarde de Junho, espetou o autocarro contra um muro. A autópsia viria a revelar que o nível de álcool no sangue estava bem acima do permitido por lei, mas em defesa dele é preciso dizer que tínhamos parado no Cartaxo para merendar e, como diz o ditado, em Roma faz como os romanos. O Cristovão é que ficou assim meio destrambelhado depois do acidente e parece que deixou de ver as vogais e o lilás. Quer dizer, já antes ele não dizia coisa com coisa, mas pelo menos não se babava.

Quinta-feira anda à roda

Afinal parece que o processo de enriquecimento do urânio não consiste em comprar-lhe uma cautela e fazer figas para que saia pelo menos a terminação.

2009-10-27

Whole lotta love

Num mundo perfeito todos teríamos uma banda sonora que nos ilustrasse a vida. A música "Forever Blue", por exemplo, seria dos Estrunfes, "Well Worn Hand" musicaria a minha adolescência e "Whole Lotta Love" seria a da Sandra, a minha colega do oitavo ano que tinha muito amor para dar. Pintava as unhas e os beiços durante as aulas de Francês, o que lhe valia raspanetes da professora, que lhe dizia que era muito nova para aquilo, e era uma das que andava com um dos bad boys lá do liceu. Nos intervalos fumava cigarros que cravava no pátio e o Joni, que era drogado e uma vez, por causa da moca, caiu dois lances de escadas enquanto tentava deslizar, sentado, corrimão abaixo, disse que ela ia para as traseiras da escola curtir com os do décimo, que era assim como jogar ao bate-pé mas sem bater o pé, o que era um conceito espectacular, pois eliminava-se a parte estúpida do jogo e ficava-se só com a fixe. Eu jogava ao bate-pé no último piso, junto à sala H, onde tínhamos Trabalhos Manuais, mas ainda não dominava aquilo de não bater com os meus dentes nos delas e a Mafalda nunca deixava que lhe apalpássemos o rabo, mas a Sandra nunca ia connosco e as traseiras eram só para o pessoal cool. O Joni também dizia que ela dava linguados tais que até lhe chegava às amígdalas. Ao princípio pensei que ele estivesse a exagerar, como daquela vez que disse que fazia tráfico de droga nas meias, mas um dia vi-a a tocar na ponta do nariz com a língua e fiquei na dúvida se seria mesmo verdade. A Joana, que era quequinha porque o pai era doutor, disse-me que uma vez a Sandra tinha ido para a arrecadação do ginásio, onde guardavam os colchões de Educação Física, com o Crostas e com o Cascas e que tinham pinado. Eu fiz que sim com a cabeça porque não sabia o que era pinar, mas depois de me explicarem não acreditei porque os colchões só cheiravam a bafio. Depois do ano lectivo acabar não a voltei a ver na escola, mas ouvi dizer que a mãe dela era prostituta e que ela também. Um dia encontrei-a a comprar tabaco no café mas não tive coragem de lhe perguntar e limitei-me murmurar "'Tão?" e a acenar com a cabeça quando passei por ela.

2009-10-26

Color me impressed

Confesso que, até há algum tempo atrás, gostava de me armar em intelectual. Sempre que saía à noite vestia um casaco de bombazine com remendos nos cotovelos e levava a minha edição de bolso já gasta, apesar de nunca ter lido mais que duas páginas, d'Os Irmãos Karamazov que deixava, como quem não quer a coisa, ao meu lado em cima da mesa. E para sustentar essa pretensão visitava, também, exposições na Gulbenkian, para depois as referenciar em conversas, com uma casualidade cuidadosamente planeada, enquanto dava umas passas num cachimbo e ajeitava os meus óculos de largos aros pretos.

Certa vez, numa dessas visitas, vi um quadro que me chamou a atenção, mas não porque apelasse ao meu sentido estético ou porque despertasse em mim uma paleta de emoções. Não. O quadro chamou-me a atenção porque era completamente verde e, justiça seja feita à coerência, tinha o título de "Espaço Verde". Pensarão vocês que se tratava de uma tela com várias tonalidades da mesma cor, os seus traços fluídos remetendo-nos para um jardim de calma interior ou para um dia perfeito no parque bebendo sangria na companhia do Lou Reed. Mas, contrariando aquilo a que se convencionou chamar de sanidade, não, aquele era um quadro de apenas uma cor, uma tonalidade, um Pantone, uma lata de tinta, provavelmente da Robbialac. "Isto deve ser para os Apanhados", murmurei para mim mesmo enquanto olhava em volta buscando câmeras escondidas ou o Guilherme Leite.

Mais do que a obra em si, impressionou-me a ideia de que quando o artista a mostrou à família e aos amigos não só ninguém lhe perguntou se ele estava parvo como ainda houve quem achasse que aquilo devia era estar exposto para toda a gente ver.

O que me magoa é que poucos meses depois fui à Fundação Calouste Gulbenkian e apresentei uma obra da minha autoria que eles se recusaram a expor. "Isso é uma folha A4 toda azul!", exclamou o senhor. "Pois é. Chamo-lhe «Céu Azul».", respondi eu. E depois fui acompanhado até à saída pelo segurança.

2009-10-21

Só sei que nada sei

A vida é um processo contínuo de aprendizagem - é bonito e fica bem dizer isto nas entrevistas de emprego. No entanto, confesso, estava longe de imaginar o que iria aprender quando me lembrei de escrever o seguinte:

Não sendo eu um fã de U2, imaginem a minha surpresa ao descobrir que, afinal, e ao contrário daquilo que julgava, eles não têm uma música que fala de uma deliciosa sobremesa da Transilvânia, feita de gelado coberto de sangue, chamada "Sundae, Bloody Sundae".

"Diacho", pensei, "isto é tão básico que certamente já alguém fez esta... vamos chamar-lhe «piada»". Convencido disso, pedi ao Google que dissesse de sua justiça e, através do segundo resultado da pesquisa, encontrei o seguinte no Urban Dictionary:

«1. Sundae Bloody Sundae
This is the act and enjoyment of applying whipped cream in and around a woman's vagina who is on her period. Then proceeding to eat her out. A dessert and delight for the sickest of fucks.


Guy 1: "Dude, it sucks, my girlfriend got her period."
Guy 2: "No that's awesome. Now you can have a Sundae Bloody Sundae."»


De nada.

2009-10-20

A trick is something a whore does for money

Antes de começarem a ler o próximo parágrafo vejam esta carta e memorizem-na. Mas não me digam qual é! Já está? Ok, continuemos, então.

As razões de, enquanto criança, nos almoços de família - pautados pelo excesso de vinho, discussões acaloradas sobre partilhas injustas e ameaças de morte com colheres de sobremesa - nunca ter conseguido impressionar ninguém com as ilusões que A Minha Agenda ensinava à pequenada apenas agora são claras para mim, graças ao Criss Angel. Porque observando este senhor aprendi que para fazer magia, ou ilusionismo, ou teatro verdadeiramente mau ou lá o que é que ele faz, é essencial usar eyeliner, tirar a camisa sempre que possível e flectir os músculos de forma casual enquanto se diz "sim, eu sou muito bom", coisa que a Editorial O Livro nos ocultou, criando, assim, uma geração de prestidigitadores medíocres. Não sei se ainda fazem A Minha Agenda, mas se sim, por favor, revejam isso. Pelas crianças.

Era o oito de copas?

2009-10-19

É uma selvajaria

"Estás bem?", perguntou-me, a meio do nosso passeio pelo Jardim Zoológico, ao ver-me hirto e de olhar vidrado observando as marmotas. Mas eu não estava.

Por entre pedras arremessadas, gritos lancinantes e injúrias aos seus familiares directos, invadi o seu espaço e tentei, pelas minha próprias mãos, começar a extinção desta maldita espécie. Como é que um animal aparentemente inofensivo pode causar tanta morte e destruição?

Só já dentro do carro patrulha, a caminho da esquadra de Sete Rios, é que os agentes da PSP me explicaram que durante todo este tempo a minha ira tinha sido mal direccionada. "Maremotos", disseram eles. Maremotos! Sim, pensando bem, isso faz mais sentido.

2009-10-16

Boobalicious

Acho que podemos concordar que nós, enquanto sociedade, ultrapassámos a barreira da sanidade há já algum tempo. E não me estou a referir àquele dia em que acordámos e, de repente, exclamámos colectivamente, à laia de "Oh, fuck!", "Meu Deus, o Santana Lopes é Primeiro Ministro!" Não, estou a referir-me ao facto de, em determinado ponto no tempo, alguém ter achado que o que fazia falta era manequins de mamilos túrgidos espalhados pelas montras desse país fora.

Qual é o princípio por trás disto? Têm as senhoras real necessidade de saber como é que a roupa lhes vai assentar caso enfrentem uma súbita frente fria? É este um estado no qual as mulheres passem a maior parte dos seus dias e eu não estou a par disso por ser míope? É um artifício para que os homens se abstraiam do tempo que passam em superfícies comerciais? Ou o objectivo é apenas confundir os rapazinhos pré-púberes com a súbita falta de espaço nos calções?

A única certeza que tenho é que a ideia foi de um homem, pois os manequins estão em pontas, sim senhor, que essa é a parte importante, mas alguns nem cabeça têm.

2009-10-15

Smooth just like silk

As minhas competências românticas ainda se mantêm num nível infantil. Não porque goste de meninas de oito anos mas porque nessa altura a forma que tinha de lidar com os meus sentimentos para com elas era passando rasteiras, puxando cabelos ou dando caneladas. E, aparentemente, de então até hoje evoluí apenas na gravidade dos danos infligidos.

Um convite meu para sair, por exemplo, raramente chega ao fim sem haver um lábio aberto ou um polegar deslocado, e a última vez que tentei exprimir o meu amor por outrem atirei a Inês das escadas abaixo. Era capaz de jurar que ela, enquanto caía, gritou "eu também te amo", mas deve ter sido só o som da cabeça dela a bater no mármore, visto que nunca mais atendeu as minhas chamadas. Trabalhávamos num 18º andar e ela teve de mudar de emprego para um local com rampas de acesso. Não se preocupem, ela vai ficar bem, é só até tirar o gesso e acabar a fisioterapia.

Por isso quando pensarem que "aquele tipo extremamente espectacular é frio e distante" mantenham presente que se o sou é para vosso próprio bem. E para evitar mais processos cíveis.

2009-10-14

Goodbye Berlin

Muita gente me aborda na rua questionando a minha capacidade de contar até cinco em alemão. E, invariavelmente, satisfaço a curiosidade alheia recitando os algarismos de forma gutural e exaltada enquanto projecto perdigotos na direcção do meu interlocutor: "Ein, zwei, drei, vier, fünf."

Depois, enquanto espero que o meu ritmo cardíaco regresse ao normal sentado no passeio, rio-me sozinho. Como é que a língua alemã, de som tão àspero e austero tem uma palavra como "fünf", que rima com estrunfe? Aliás, "fünf" nem sequer é uma palavra, é o som proveniente de uma luta de almofadas. Como é que um povo que esteve no centro de dois conflitos à escala mundial, ambos, estou certo, fruto de mal entendidos devido à rudeza do seu línguajar, se contenta com isto? Como é que uma língua que faz com que a mais terna declaração de amor soe ao mais vil dos impropérios permite uma coisa destas?

Fosse eu o Ministro Para Os Nomes Dos Números E Das Letras E Assim, ou lá como é que chamam à pessoa responsável por essas coisas, e teria, com certeza, arranjado coisa mais consentânea para o cinco, como "urk", "blahrg" ou "frankenshausenbalischstein". Digam lá que "Oh Herr Nascimento, embrulhe-me aí frankenshausenbalischstein bolas von Berlim, bitte" não soava bem melhor.

Claro que soava.

2009-10-13

Around the fur

Eu tenho tantos pelos no peito e nas costas que quando vou à praia as pessoas interrogam-se porque razão anda a passear-se à beira mar um indivíduo de sunga e colete de caxemira.

They fail to see the anguish in my eyes

Primeiro andava tudo em pânico com medo que o mundo acabasse na passagem de 1999 para 2000 e não sei que desgraças mais. Até havia um bug do piorio, daqueles peludos que deixam gosma, que ia destruir a civilização tal como a conhecíamos e enviar-nos de volta para a idade da pedra. Não me lembro muito bem do que fiz nessa passagem de ano, mas tenho quase a certeza que não estava a enfrentar o Armagedão.

Depois era de 2000 para 2001, quando perceberam que só então é que mudava o milénio. Não tenho a certeza, mas devem-se ter baseado no horóscopo da Ana + Atrevida ou da TV Guia. E se por um lado é verdade que eu sou caseirinho e não gosto de me meter em confusões, por outro acho que se os cavaleiros do Apocalipse aparecessem as televisões punham lá um ou dois repórteres a perguntar-lhes o que é que achavam do Cristiano Ronaldo.

Agora insistem que desta é que é, que a 21 de Dezembro de 2012 cabum. Ou puf, não sei. Desta vez por causa do calendário do primo Basílio ou dos Maias ou lá de quem seja, que parece que chega ao fim ou completa o ciclo, ou a secundária, ou outra treta qualquer a que não prestei atenção porque, convenhamos, quando a conversa não é sobre mim, sobre o Benfica ou sobre os generosos seios da Scarlett Johansson eu tenho tendência a desligar do que me estão a dizer.

Hã?...

Mas estou a divagar. O que eu quero perguntar às autoridades competentes é o seguinte: dá para antecipar isso? É que a julgar pelo andar da carruagem só quando o mundo acabar é que eu consigo tirar férias. Vejam lá isso, se fazem favor.

2009-10-08

Pretty woman

Cara senhora com quem falei ontem ao fim da tarde: alourar o buço funciona, sim senhora, mas só se o mesmo não for mais farfalhudo que o bigode do Luís Pereira de Sousa. E quando se põe tanta base na cara que as faces das pessoas que beija ficam coladas à sua, isso talvez seja sinal que deveria ser mais moderada. Digo eu.

2009-10-07

Bullitt

Hoje fiz-me um homem.

Não, não me escanhoei pela primeira vez - embora muitas vezes pareça ser esse o caso, julgando pela quantidade de cortes que ainda consigo infligir a mim próprio, cortesia dos olhos semicerrados pelo sono com os quais me barbeio - nem tampouco fui iniciado nos prazeres da carne por uma matrona de face rosada e hálito a Português Suave.

Não, também não deitei abaixo uma garrafa de tinto a martelo nem andei à porrada com o Zeca do talho, que faz musculação com presuntos de Chaves, tem mãos do tamanho de pás e, reza a lenda, consegue rasgar a lista telefónica do Luxemburgo.

Hoje fiz-me um homem porque saquei o meu primeiro pião. Meio pião, vá. Quase sem dar por isso, fazendo a mesma curva que faço todos os dias, vi-me atravessado na estrada, mas instintivamente tomei as rédeas da besta e coloquei-a de novo no seu devido caminho, sempre sem desmanchar as minhas calmas feições esculpidas a testosterona. De imediato senti cabelos a crescer-me no peito, a voz a engrosssar e um súbito desejo de desflorar beatas solteironas.

Sim, hoje tornei-me no Steve McQueen. Podem chamar-me Bullitt.

2009-10-06

Mé uí

Para alguém que, como eu, atingiu a puberdade ali no final dos anos 80, quando a internet era ainda uma miragem e as empregadas dos clubes de vídeo do bairro conheciam as nossas mães, impedindo-nos de fingir que o nosso buço tinha dezoito anos para alugar "Ginger Lynn, O Filme", as películas com a Kathleen Turner eram o mais parecido com pornografia que se arranjava. Isso e os filmes franceses que passavam na RTP2, porque se há coisa que as artistas francesas sempre gostaram de fazer foi arejar a epiderme. "Biã súr que é arte, mon amur. Mas mãetenon retirê la chemise, uí?"

"Uí?..."

O corpo esguio, o olhar sedutor e a voz rouca e sexy, que lhe valeu o papel de Jessica Rabbit, faziam parte da sua imagem de marca e obras como "Body Heat" ou "As Noites de China Blue" eram para ser vistas à noite e sozinhos, de forma a evitar ter de explicar aos nossos pais os olhos esbugalhados e as duas almofadas no colo.

Enfim, bons tempos.

"Je suí tré contã détrici avéc tuá."

Foi por isso com agrado e alguma nostalgia que recebi a notícia de que a Kathleen fazia agora parte do elenco da série "Californication" - que, para quem não sabe, e apesar de ser algo de completamente secundário, até tem algum diálogo e enredo por entre a miríade de seios firmes que semanalmente se esfregam no David Duchovny.

Mas acabou por ser tal e qual como daquela vez em que esperava que o Pai Natal me trouxesse um Commodore Amiga e afinal só tinha à minha espera umas galochas amarelas debaixo da árvore. Dois números acima do meu e sujas de lama.

2009-10-02

Cat in the hat

Pedir ao Schrödinger para tomar conta do vosso gato é como pedir a um gordo para olhar pela vossa bola de berlim. A diferença é que o gordo fica com a boca cheia de açúcar.

2009-10-01

It always seems like you're leaving

Confesso que doeu quando a Elsa me deixou. Mas nada que eu pudesse dizer a faria mudar de ideias, pois ela sempre teve um fetiche por homens fardados e o Fábio trabalhava no Burger King.

Não estava lá, não, eu não estava lá

Em miúdo era tão tímido que nem me conseguia aproximar de estranhos. E por isso é que o caricaturista não conseguiu melhor que isto:


Je veux pas de cake, je veux de la coke

Ontem consegui resolver um enigma tão antigo quanto o próprio tempo: quando é que as profiteroles deixam de ser uma sobremesa e passam a ser uma refeição? A resposta é "a partir da sexta".